sexta-feira, 31 de outubro de 2008

INB rebate acusações sobre contaminação por urânio em Caetité

24/10/2008
A empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) emitiu nota rebatendo as acusações feitas pelo Greenpeace de que a exploração de urânio na mina de Caetité seria responsável por uma suposta contaminação da água potável do município, localizado no sertão da Bahia. Abaixo, segue a íntegra do comunicado:
“O Greenpeace, no seu habitual tom alarmista, divulgou o relatório ‘Ciclo do Perigo – Impactos da Produção de Combustível Nuclear no Brasil’, com o aparato que caracteriza suas ações, primeiramente por uma extensa reportagem do jornal da Rede Record no dia 15/10/08 para dar seqüência, no dia seguinte, com uma entrevista coletiva às principais mídias do país sobre o mesmo assunto.
Tanto na reportagem da televisão como na coletiva, essa ONG pretendeu dar a impressão do descaso com que as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), administram a unidade produtiva de Caetité, única mina de urânio brasileira, levando perigo ao meio ambiente e às populações que vivem no entorno dessa mineração.
A ONG está em Caetité e arredores desde abril deste ano promovendo diversas reuniões em comunidades da região em conjunto com a ‘pastoral do meio ambiente’. Em agosto desse ano foi realizada audiência pública convocada por essas entidades visando a mobilizar a sociedade e autoridades.
De imediato a INB repudia frontalmente as infundadas acusações já que sua operação não apresenta qualquer evidência de contaminação ambiental ou que tenha colocado em risco a saúde dessas populações.
A contaminação com urânio de duas amostras de água, por eles coletadas e analisadas na Inglaterra e que, levianamente, pretendem evidenciar a poluição causada pelas operações da empresa, precisam estar suportadas por estudos que demonstrem essa relação de causa e efeito. Os programas da INB, esses sim tecnicamente demonstráveis, indicam exatamente o contrário. A INB realiza aproximadamente 16 mil análises ambientais por ano e ao longo de 8 anos de operação montou um banco de dados que lhe permite assegurar que opera dentro dos limites estabelecidos pelos órgãos de licenciamento.
Os municípios de Caetité e seus vizinhos abrangem o que se conhece como ‘Província Uranífera de Caetité’, que significa que o urânio encontra-se disseminado por toda a região, há mais de 500 milhões de ano, e que ele ocorre sob diversas formas, dimensões e profundidades. Ao se perfurar um poço, é possível que ele atravesse um desses pequenos corpos uraníferos que certamente irá contaminar a água ali acumulada. Esta é a razão porque a INB, ao realizar perfurações para atender às comunidades do entorno, só libera a sua utilização após comprovada inexistência de urânio.
Além do mais, as amostras citadas foram retiradas de locais distando mais de 8 km da mina, distância esta que, pelos detalhados e sérios estudos técnicos realizados, comprovam a impossibilidade da migração do urânio até aquelas localidades, nos teores alardeados.
Novamente de maneira leviana, pretendeu também o Greenpeace associar os casos de câncer existentes na região com a lavra da mina de urânio, sem apresentar nenhum indício ou embasamento científico.
A INB, diferentemente do que afirma a ONG, possui um relacionamento amistoso e de respeito com a maioria da população que vive no seu entorno, participando de várias iniciativas de cunho social, recebendo visitas de diferentes segmentos das cidades e vilas, e levando informações às salas de aula, seminários e variados eventos que ocorrem na região.
Ressalte-se que a maioria dos mais de 400 trabalhadores que atuam na unidade de produção mora nas cidades onde, convivendo com outros moradores, discute assuntos sobre as atividades da empresa.
É oportuno lembrar que as atividades da INB são permanentemente fiscalizadas por órgãos com a estatura profissional e ética da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Ministério do Trabalho, do Ministério da Saúde, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia, que recebem sistematicamente todos os dados e informações produzidos pela empresa, além de outros por eles exigidos. A unidade também recebe freqüentemente visitas de especialistas de universidades brasileiras e estrangeiras que coletam e analisam essas informações necessárias aos seus estudos e cujos resultados referendam aqueles obtidos pela empresa. A INB reafirma a sua constante preocupação com todos os aspectos relacionados à saúde dos seus empregados e associados do empreendimento, bem como ao meio ambiente como um todo, não tendo qualquer pendência ou relação obscura com qualquer das partes acima mencionadas.
Estranhamente, no relatório produzido pelo Greenpeace lê-se a seguinte afirmativa: ‘considerando o escopo limitado, esta pesquisa não responde totalmente se a operação de mineração de urânio causa contaminação ambiental no entorno da mina de Caetité. A natureza uranífera dos minerais que ocorrem na área pode significar que a contaminação é resultado de uma mobilização natural dos radionuclídeos naturais’. Esta afirmativa mostra claramente como é tendenciosa e alarmista a divulgação feita pelo Greenpeace levando dúvidas e desconfiança à sociedade e, especialmente no caso de Caetité, medo à sua população”.
Fonte: Leonam dos Santos Guimarães.

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