Acreditei muito no conceito das ONGs enquanto elas eram exatamente isto, ONGs. Organizações Não Governamentais. Infelizmente, ao mesmo tempo que algumas poucas tentaram mudar as
coisas através da mudança de mentalidades, outras tantas aderiram ao “projetismo”. É projeto pra cá, é projeto pra lá, e projeto, se sabe, precisa de financiamento. Então começou a rolar dinheiro, primeiro de grandes empresas “conscientizadas”, depois dos grandes governos e por fim de todo mundo. No Brasil chegou-se a cúmulo de criar as tais OSCIPs, que em última instância são um jeito do governo privatizar tudo o que dá trabalho. Em um país “oscipizado”, o governo se livra das áreas de cultura, meio-ambiente, destas “frescuras”, e as repassa à sociedade. Se exime. Lava as mãos. Cai fora. E os idealistas da sociedade (geralmente os mais moços, como sempre) alegremente acreditam que isto é um avanço e botam mãos à obra. Pouco tempo depois ou estão desiludidos ou foram cooptados. E a conseqüência disto é que as OSCIPs serão a ponte para a privatização das coisas que mais caracterizam uma nação enquanto tal: o meio ambiente onde ela existe e sua cultura. Duas coisas que devem ser de obrigação do Estado cuidar e proteger, e que estão sendo lentamente privatizadas.
coisas através da mudança de mentalidades, outras tantas aderiram ao “projetismo”. É projeto pra cá, é projeto pra lá, e projeto, se sabe, precisa de financiamento. Então começou a rolar dinheiro, primeiro de grandes empresas “conscientizadas”, depois dos grandes governos e por fim de todo mundo. No Brasil chegou-se a cúmulo de criar as tais OSCIPs, que em última instância são um jeito do governo privatizar tudo o que dá trabalho. Em um país “oscipizado”, o governo se livra das áreas de cultura, meio-ambiente, destas “frescuras”, e as repassa à sociedade. Se exime. Lava as mãos. Cai fora. E os idealistas da sociedade (geralmente os mais moços, como sempre) alegremente acreditam que isto é um avanço e botam mãos à obra. Pouco tempo depois ou estão desiludidos ou foram cooptados. E a conseqüência disto é que as OSCIPs serão a ponte para a privatização das coisas que mais caracterizam uma nação enquanto tal: o meio ambiente onde ela existe e sua cultura. Duas coisas que devem ser de obrigação do Estado cuidar e proteger, e que estão sendo lentamente privatizadas.
Fonte:
2008 - JUNHO - EDIÇÃO 016 - REVISTA DO MEIO AMBIENTE - 29
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